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Data: 13/06/2005
Título: Ocidentalização de pálpebras
Como já havíamos falado aqui, a blefaroplastia é a cirurgia feita nas pálpebras para reparar imperfeições de idade ou genética.
Recentemente, este procedimento cirúrgico tem sido muito procurado por orientais e descendentes que querem abrir e projetar mais os olhos e, assim, ganhou o nome de ocidentalização. Os olhos dos orientais geralmente têm uma superfície plana na pálpebra superior, a ausência de um sulco que pessoas de outras partes do mundo possuem. Na cirurgia de ocidentalização, cria-se este sulco, dando uma falsa impressão de aumento no tamanho dos olhos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número de pacientes de origem oriental que procuram esta cirurgia vem aumentando muito. Estima-se que, no Brasil, 14 mil pessoas submetam-se a cirurgias de ocidentalização a cada ano. O dobro do que acontecia no início dos anos 90. E a cirurgia não vem sendo feita só no ocidente. Além do Japão, atualmente operações de ocidentalização das pálpebras são muito realizadas na Coréia, Indonésia e Cingapura. Os chineses também começam a prestar mais atenção na moda e nos conceitos de estética ocidentais.
Claro que os olhos puxados não são as únicas características específicas dos orientais. A face tende a ser arredondada, com projeções marcadas das maçãs e a pirâmide nasal pouco acentuada. Alguns orientais também procuram um cirurgião para modificar o formato do nariz e do rosto, mas a preferência principal é pela ocidentalização das pálpebras.
A intervenção é bastante simples e rápida. Consiste na retirada de parte da gordura existente nas pálpebras superiores, seguida da criação de uma dobra de 5 a 7 mm. O procedimento é realizado com anestesia local e sedação. Durante a avaliação pré-operatória, é discutida com o paciente a altura ideal do novo sulco palpebral, que poderá variar conforme o caso e a preferência individual. Uma boa cirurgia de ocidentalização não deve descaracterizar completamente a origem da pessoa, mas apenas realçar alguns traços.
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Gustavo Tilmann